Roda de Conversa debate a jornada de trabalho da mulher

Com o objetivo de estimular o debate sobre o protagonismo feminino, na última sexta feira (26), foi realizada a 2ª Roda de Conversa entre as mulheres da CAEMA, no auditório-sede da empresa. O tema central deste encontro foi "A condição da mulher na jornada dupla de trabalho" e, para discutir o assunto, foi convidada a Dra. Luana Peixoto, advogada da Secretaria da Mulher e militante da causa feminista.

"Ainda hoje vivemos com diferenças históricas entre homens e mulheres e, quando se trata do universo do trabalho, soma-se uma carga maior para o sexo feminino. Contudo, saímos em desvantagem, tanto no mercado, quanto nas condições de remuneração, proteção social e direitos trabalhistas. Trabalhamos pesado em nossos empregos, quando retornamos para casa trabalhamos muito mais e, por fim, temos que ouvir que somos o sexo frágil", declarou Luana.

A militante também destacou que, apesar de, atualmente, haver maiores participações dos homens nos afazeres domésticos, na divisão dessa responsabilidade, as mulheres são detentoras da maior parcela, ou seja, executam maior parte das atividades não remuneradas no âmbito privado, o que desencadeia uma segunda e, muitas vezes, até terceira jornada dedicada aos cuidados com os filhos e manutenção do lar, por exemplo.

De acordo com uma das idealizadoras do ciclo de debates, Mayra Milany Lima, coordenadora socioambiental da CAEMA, a perspectiva é de que as discussões fomentem a importância da mulher na sociedade e, também, dentro da instituição, tirando-as da invisibilidade pelo simples fato de serem mulheres. "Precisamos continuar na luta pela igualdade de gênero e consolidar um mundo mais democrático para nós. Reconhecer quem somos no meio social só ajuda a desconstruir essa cultura, já enraizada, que nos põe como invisíveis. Se fazer ouvir também é outra necessidade, já que em muitas situações a nossa voz é limitada de tal forma que, mesmo a gente falando a mesma coisa que um homem, é o que ele diz que prevalece, principalmente nas tomadas de decisões, fenômeno chamado de ‘bropriating’, inclusive nos locais de trabalho”, relatou.

Decerto, o machismo é um preconceito fortemente praticado e vai muito além das manifestações mais violentas, pois tal cultura vem de berço. Também está longe ser apenas um sentimento que faz parte da cabeça das pessoas, ou de exclusividade dos homens. Hosanna, servidora da Companhia, compartilhou na Roda de Conversa um pouco da reprodução desse comportamento dentro de sua casa, na infância. “Os meus irmãos são todos homens e a minha mãe compactuava com a ideia de que eu deveria fazer tudo pra eles. De lavar as louças, roupas, fazer a comida e foi graças a meu pai que aprendi que não. Que eu não estava ali para servi-los”, recordou.

Com início no mês reservado a homenagens para as mulheres, esta foi a 2ª edição da Roda de Conversa na CAEMA e a perspectiva é que os encontros aconteçam pelo menos uma vez por mês. A iniciativa é uma ação conjunta da DG – Serviço Social e da Unidade Especial de Políticas Públicas (UEP) para fortalecer a solidariedade entre a comunidade feminina institucional, por meio de debates sobre assuntos de interesse, que visam a construção de uma visão mais igualitária entre os gêneros.

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