A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) vem trabalhando fortemente diversas ações para prevenção de acidentes do trabalho junto aos seus empregados. A intenção é minimizar riscos e diminuir estatísticas, preservando, além da integridade física, o bem-estar e saúde psíquica dos colaboradores.
Segundo o responsável pelo setor de segurança do trabalho da CAEMA, Fernando Bitencourt, a segurança no exercício das funções de cada funcionário deve ser uma preocupação compartilhada. No entanto, nem sempre as empresas ou os próprios funcionários atentam para a importância desta agenda ser constante.
“Empresas e funcionários têm a obrigação de tornarem mínimos os riscos, confrontarem situações e buscar soluções que permitam avançar nesse objetivo, evitando eventos que possam interferir em produtividade e acarretar ônus para ambos”, diz o coordenador do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho da CAEMA – SESMT, Fernando Bitencourt.
Entre as ações, uma está sendo desenvolvida de maneira especial junto aos colaboradores da Gerência da Cohab, em São Luís. Todas às terças-feiras, antes do início da jornada de trabalho, gestores e funcionários efetivos debatem experiências vividas na rotina, hábitos e medidas que possam contribuir na prevenção de acidentes.
“Por meio da exploração de assuntos ligados ao tema prevenção de acidentes, nós conseguimos trazer o funcionário para o centro das discussões, como ator principal nessa busca por um dia de trabalho sem acidentes, fomentando e difundindo normas e instruções básicas para que o trabalhador exerça as suas atividades com a máxima segurança possível”, sintetiza o gerente da unidade, Miguel Serra Neto.
A intenção é que outras gerências e unidades passam adotar a estratégia, denominada de DDS – Diálogo Diário de Segurança, que envolve ainda, em meio as rodadas de conversa, temáticas voltadas à saúde, Meio Ambiente e várias dicas sobre a segurança no local de trabalho.
“Em fase experimental, adaptamos esta ferramenta de acordo com nossa realidade, mas a expectativa é que, a médio prazo, consigamos realizar essas conversas diariamente e tenhamos todos os funcionários, efetivos e terceirizados, envolvidos nessas discussões”, diz.
Outra ação desenvolvida foi a criação de uma Brigada de Emergência. A brigada já atua há alguns meses e tem, entre seus integrantes, funcionários de setores distintos que receberam treinamento teórico e prático para aplicação de condutas requeridas nesse tipo de situação que envolva risco e princípio de incêndio nas dependências da sede da empresa. Entre os que assumiram a missão de compor a brigada, há também aqueles que estão ligados à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA.
Entre as principais atividades da brigada está a evacuação do prédio, especialmente em casos de princípio de incêndio, auxiliando aos demais colegas de trabalho a ficarem em segurança. Um treinamento realizado nesse sentido ocorreu neste mês, onde fora simulado, com uso de fumaça artificial, um princípio de incêndio. Ao soar a sirene de emergência, todos os funcionários foram orientados a deixar seus postos e sobre o comando dos brigadistas seguirem para os pontos de encontro, mantendo-se em segurança.
A funcionária Maisa Wolff (29), vê a simulação como um bom exercício também para refletir sobre algumas atitudes pessoais que devem ser evitadas em uma situação real. Ela conta que, ao se dirigir até a porta para sair da sala, teve a reação de voltar e pegar alguns objetos que julgou importante.
“Eu ouvi o sinal sonoro que deu start a simulação e tive algumas reações que não sei se teria em outra situação que não a controlada. Em caso de emergência real, talvez eu não tivesse tido, como por exemplo, apagar a luz ao deixar a sala”, conta ela, destacando que após a simulação, atitudes como como estas foram desencorajadas em conversa com os brigadistas nos pontos de encontro.
“O fato de algumas pessoas estarem sabendo da simulação e outras terem sido pegas de surpresa, também nos ajuda a avaliar casos distintos. Novas simulações devem ser feitas com o intuito de manter as pessoas aptas dentro desse contexto, nos ajudando a aprimorar a técnica de condução dos brigadistas”, diz Ozenilson Sousa Costa, coordenador da Brigada de Emergência.
