Órgãos públicos reconhecem qualidade da mão de obra de internos do sistema prisional do MA

Secretarias de Estado e demais órgãos públicos estão abrindo oportunidades de trabalho digno a internos do sistema prisional do Maranhão. Desde dezembro do ano passado, quando a nova sede da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) foi inaugurada, gestores desses órgãos têm incorporado a seus quadros pessoas presas qualificadas para o trabalho externo.

“A reforma, ampliação e construção da nova sede contou com a participação direta de 200 internos qualificados em cursos profissionalizantes, oferecidos pelo Governo do Estado, dentro das Unidades Prisionais. Movelaria, estrutura, acabamento, grande parte foi feita por eles; e foi pela qualidade do serviço que eles têm sido requisitados”, explica o titular da Seap, Murilo Andrade de Oliveira.

Um dos parceiros dessa ação de responsabilidade social é a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema). Na manhã da última quinta-feira (28), a Companhia renovou sua parceria com a Seap, ao assinar um termo para a incorporação de 30 internos para serviços de auxiliar de obra de saneamento, auxiliar de mecânica, serviços gerais de limpeza e capina de áreas internas.

“Já havíamos trabalhado com 10 internos, ano passado. Mas nossa instituição teve interesse em renovar essa parceria com a Seap, e resolvemos expandir as vagas para 30. Esses novos colaboradores irão trabalhar, entre outros serviços, com a equipe de montagem de bombas do Sistema Italuís e nos trabalhos de limpeza”, explica o diretor presidente da Caema, Carlos Rogério Araújo.

Na prática

Na prática, por exemplo, o trabalho de auxiliar de obra de saneamento é ajudar o operador na ligação, religação e no corte de água; o auxiliar de mecânica é responsável pela montagem e desmontagem de equipamentos de bombas, e de tubos; já o profissional da limpeza faz todo trabalho de reparo e manutenção das unidades ligadas à Caema.

Com os três internos que ficaram da primeira equipe, agora são 33 do regime semiaberto trabalhando nas obras da Companhia, desde o exame admissional, na quinta-feira (28). “Vejo essa oportunidade como a chance de dar a volta por cima e recomeçar uma nova história”, afirma o interno Jorge Souza de Almeida, de 40 anos, sobre a experiência de ser inserido no mercado de trabalho.

Outros órgãos públicos já demonstraram interesse na mão de obra carcerária. A Secretaria de Estado da Educação (Seduc), que já recebe carteiras escolares restauradas por internos do Complexo Penitenciário São Luís, em Pedrinhas, em breve, deve passar a receber fardamentos confeccionados nas malharias do sistema prisional, além de capina e reforma de escolas e Faróis da Educação.

A Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE-MA), por sua vez, quer que os internos produzam móveis planejados, confeccionem camisas de campanhas institucionais, e admitir internas treinadas para a função de recepcionistas em sua própria sede. Durante a assinatura do termo, a Caema também demonstrou interesse em contratar a produção de fardamentos e blocos de concreto.

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