No início do século XIV, a população da cidade de São Luís era abastecida de água por meio das carroças da empresária Ana Jansen. O aumento da população, as freqüentes epidemias de febre amarela, varíola e peste bubônica e ainda a redução no nível de água das fontes disponíveis, forçou o governo a autorizar a criação da Companhia das Águas do Anil, através da Lei Provincial 287 de 4 de dezembro de 1850.
Em 1856 foi criada referida Companhia, responsável pela construção do primeiro sistema de bombeamento que retirava água do Rio Anil para abastecer os chafarizes localizados em vários lugares da cidade.
Durante alguns anos, a água dessa Barragem juntamente com a água de alguns poços, supriu as necessidades da população de São Luís. Com o seu contínuo crescimento e expansão, especialmente para o bairro do Anil, surge novamente a necessidade de mais investimentos para ampliar os serviços oferecidos à comunidade e utilização de um novo manancial para o abastecimento de água.
Em 1966, o então governador do Maranhão, José Sarney, criou a Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão (CAEMA), implantando-se no interior do Estado as obras de saneamento. A CAEMA inicia os seus trabalhos com os sistemas de Chapadinha, São Domingos e Pindaré-Mirim. Pouco tempo depois são inaugurados mais oito sistemas nas cidades de Aldeias Altas, Dom Pedro, Santo Antônio dos Lopes, Governador Archer, Mata, São Raimundo das Mangabeiras, Mata Roma e Lago do Junco. Em seguida, foram integrados à Caema os sistemas das prefeituras de Barra do Corda, Vitorino Freire, Vitória do Mearim e Axixá.
A sua primeira década de funcionamento foi de grande expansão dos serviços. A CAEMA incorporou a SANEL que atendia a capital e iniciou as obras de esgotamento sanitário em São Luís, realizando também estudos para captação de água no Rio Itapecuru. Com recursos oriundos de programas da Sudam e Sudene a Companhia investiu na perfuração de poços e construção de chafarizes nos municípios do interior maranhense, além de construir os primeiros grandes reservatórios de São Luís R1 na Rua Grande e R2 no Outeiro da Cruz.
Apesar de toda modernização do sistema de abastecimento, a falta de água continuava atormentando a população que continuava a crescer na capital. Após várias tentativas de solucionar o problema, os técnicos estudaram a possibilidade de transposição das águas do Rio Itapecuru ou do Rio Munim para abastecer a Ilha. Os estudos de viabilização do projeto indicaram o Rio Itapecuru como melhor opção.
Para administrar as obras de captação, tratamento e transporte de água foi criado na CAEMA, o Grupo de Trabalho do Itapecuru (GEPI). Ressalta-se que os engenheiros maranhenses foram os executores dessa grande e importante obra, muitos dos quais se encontram na companhia como: João Reis Moreira Lima, João José Azevedo, Carlos Rogério, Irandi Marques, João Alberto Félix, Joel Costa, Felipe Pinheiro Fernandes, Paulo do Canto Costa, Elizeu Correia, dentre outros.
O Sistema Produtor de Itapecuru é formado por captação no rio, adutora de água bruta, estação de tratamento, adutora de água tratada e unidades de estações rebaixadoras de energia elétrica e hidráulicas.
Ao longo desses 44 anos de existência, atendendo às necessidades de saneamento básico de 75% por cento da população maranhense, sabe-se que muitas foram as dificuldades enfrentadas por essa Companhia. A equipe comandada pelo engenheiro João Reis Moreira Lima, com o apoio de mais de 2 mil colaboradores, continua trabalhando intensivamente com o objetivo de fazer da CAEMA, uma empresa rentável, capaz de prestar serviços de qualidade para mais de 2,8 milhões de maranhenses.