Moradores de Lagoa Grande, a 375 quilômetros de São Luís, agora têm mais acesso a água tratada, após reforma do Sistema de Abastecimento de Água da cidade pela Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA).

O novo sistema está em operação desde o último dia 8, quando o governador Flávio Dino e o diretor de Operação, Manutenção e Atendimento ao Cliente da CAEMA, André de Santos Paula, visitaram a cidade para entregar o benefício à população. 

Segundo a Unidade Especial de Planejamento e Políticas Públicas (UEP/CAEMA), a melhoria no abastecimento foi imediata com as obras, pois cresceu o volume de água que chega às casas.

Há impactos a longo prazo. A previsão é de que o aumento da vazão de água seja de 70% em relação a atual, com garantia de maior eficiência e segurança hídrica para até 2046.

Esses investimentos do Governo do Estado no Sistema de Abastecimento de Lagoa Grande impactam no desenvolvimento do município, reduzem custos de saúde e elevam a qualidade de vida da população.

Novo Sistema

As obras no Sistema de Abastecimento de Água foram executadas partir da captação. Um novo poço, de 431 metros de profundidade e vazão de 40.000 litros por hora, com captação subterrânea, foi perfurado.

O novo poço recebeu equipamento para adição de cloro na água à medida em que é bombeada. A vazão do novo poço se soma a de dois outros, que já abasteciam a cidade, e passaram por manutenção e lavagem de filtro.

A rede de distribuição também passou por melhorias, com aumento de extensão em aproximadamente 100%. A substituição de canos expandiu a rede para 16.510 metros e gerou 600 novas ligações domiciliares.

Com a ampliação da rede de Lagoa Grande, áreas da cidade que não tinham água nas torneiras passaram a ter. Outras, onde o abastecimento era precário, foi melhorado.

De acordo com o diretor da UEP, Alexandre Rebelo, o novo sistema mudou totalmente o acesso a água tratada na cidade: “Antes das obras no município, aproximadamente metade da população tinha acesso à água encanada, mas de forma descontínua”, contextualiza.

“Hoje, com a perfuração de um novo poço, reforma dos poços existentes e duplicação da rede de distribuição, casas que antes enfrentavam rodízios de cinco dias para receber água passaram a ter abastecimento constante”, explica Alexandre Rebelo.

Mais obras

As obras continuam. Será construído um grande reservatório elevado de concreto que vai aumentar em 125% o armazenamento de água potável para distribuição aos moradores de Lagoa Grande.

“Hoje o município conta com dois reservatórios que recebem 200 mil litros cada. O mais antigo entrará em desuso, mas sem prejuízos ao abastecimento, pois a capacidade do novo reservatório será de 300 mil litros”, diz Alexandre.

“A capacidade de armazenamento de água potável será incrementada, passando para 500 mil litros de água pura e tratada, com a adição do novo reservatório”, completa.

Rebelo afirma que a construção do novo reservatório resolve de forma definitiva os problemas no abastecimento de Lagoa Grande, atendendo a anseio antigo da população por um sistema mais eficiente.

Diversas intervenções estão sendo realizadas pelo Governo do Estado, por meio da CAEMA para melhorar e ampliar a prestação de serviços de abastecimento de água potável para a população da cidade de Santa Rita. O Sistema de Abastecimento de Água que serve os mais de 32 mil habitantes está em operação desde 1982, e, devido ao tempo de existência e o crescimento do número de habitantes, o que era uma antiga necessidade passa a ser o início de uma nova realidade que se cumpre para melhorar o abastecimento, chegando a mais moradores.

A cerca de 80 km de distância da capital, a cidade de Santa Rita é um dos 80 sistemas que estão recebendo obras de melhoria dentro do Programa de Recuperação de Sistemas (PRS), lançado pela Companhia como forma de moderniza-los, garantindo mais água de qualidade. Para tanto, o Governo do Estado está investindo mais de R$140 milhões, recursos viabilizados pelo Água para Todos, ajudando cidades que sofrem com desabastecimento há muitos anos.

A recuperação nos sistemas produtores inclinam esforços para recuperação e/ou ampliação destes sistemas, a partir de fases importantes dentro de todo o processo que se desenvolve mediante a operação. As obras abrangem desde a captação, seja ela subterrânea, com a perfuração de novos poços ou recuperação dos já existentes, ou ainda a chamada captação superficial, feita diretamente dos leitos dos rios; Serviços de construção de novos reservatórios ou limpeza e impermeabilização de reservatórios que já existem; estruturação e ampliação de rede de distribuição, realização de novas ligações domiciliares de água, com instalação de hidrômetros, visando evitar desperdícios e controle pelo uso racional da água.

Em Santa Rita, as obras começaram pela recuperação do R-2, principal reservatório e responsável pelo abastecimento de boa parte das áreas da cidade. Além de reparos na estrutura, a reforma priorizou a impermeabilização do local, um tratamento específico para paredes internas evitando deterioração, mantendo a qualidade da água, evitando rachaduras, infiltrações e desperdícios.

Já na Estação de Tratamento de Água (ETA), responsável por tratar os volumes a serem distribuídos, já foram feitas melhorias no tanque de água bruta, troca das placas do floculadores, troca de material de um dos decantadores e limpeza de filtro (recuperação dos leitos de areia tratada, seixo e carvão antracito, um tipo de carvão mineral, utilizado nesse processo). As obras seguem concentradas na manutenção e renovação de mais um decantador e mais um filtro que compõe a estação.

A CAEMA providenciou, ainda, a compra de 3 novos conjuntos motor bomba (CMB), responsáveis por bombear água bruta da captação. Os dois que estão em operação serão substituídos pelos novos e um ficará de reserva para necessidades especiais. “Essa bomba em stand-by é necessária em casos especiais quando se tiver, por exemplo, realizando manutenção em uma das outras duas”, enfatizou Maria José, encarregada da CAEMA no município, explicando que ainda foram concluídas obras físicas nas instalações administrativas tanto na ETA, a exemplo de passarelas de acesso e casa de química, como no próprio escritório da Companhia.

Encontra-se em andamento também a implantação de rede de distribuição de água, com pelo menos 90% dos 15km de redes novas já concluídas. Um anel de distribuição também já está sendo concluído para ajudar a zonear melhor a vazão, fazendo chegar água a pontos mais distante do centro. “Considerando que a cidade é dividida em dois lados pela BR-135, o anel vai fazer com que a água chegue com pressão satisfatória ao lado oposto, ou seja, lado mais distante do ponto de distribuição que é o reservatório R-2, fazendo com bairros e áreas que praticamente não contam com a vazão da CAEMA passem a ser beneficiados”, avaliou Maria José.

Vários outros ajustes, visando melhorias no sistema, estão contemplados dentro do projeto. Serão executadas a troca de flutuante e de toda rede elétrica da captação, bem como vários outros serviços. Ao todo, serão investidos R$1,5 milhões nesta ampliação de rede, bem como na recuperação de todo o sistema.

“As obras representam, além dos investimentos financeiros, um ganho ainda maior para a população se calculado o capital social: ampliação do acesso a água tratada, manutenção da saúde da população, e economia com gastos públicos em saúde”, comentou o diretor de Operação, Manutenção e Atendimento ao Cliente, André de Santos Paula.

A água do Sistema Italuís está chegando gradualmente às casas dos moradores de São Luís após a retomada das operações, na segunda-feira (11). O sistema voltou a funcionar após paralisação para resolver um problema na conexão com a nova adutora.

De acordo com a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), como o sistema é extenso, a água leva algum tempo para chegar a todas as residências atendidas. Por isso, o abastecimento não se dá ao mesmo tempo em todas as casas. O abastecimento vai sendo normalizado gradualmente.

Quem também recebeu água nas torneiras foi a dona de casa Milena Cristina, do Recanto Vinhais: “Voltou e eu lavei minhas roupas quase todas”. Ela diz que a instalação da nova adutora de Italuís, que levará 30% mais água para São Luís, “vai ajudar muitos lares”.“Aqui no Anjo da Guarda chegou desde ontem. Para nós foi uma bênção. Lavamos roupa e vamos continuar lavando”, conta a moradora Natividade Pereira Teixeira. “Água é vida”, acrescenta.

“Quando acordei já estava a água. Já lavei roupa, lavei louça, tomei banho”, conta Marinalva Pinheiro, também do Recanto Vinhais.

Investigações

A Caema decidiu contratar uma auditoria externa para verificar a causa do problema. Ela deve ser concluída em até 15 dias.

A Polícia Civil também investiga o caso, por meio de perícia. São dois procedimentos independentes e que podem se complementar.